quarta-feira, 10 de novembro de 2010

LIES


O calor do sol é tão reconfortante em sua pele que ela tem vontade de ficar ali pra sempre.
Até a brisa é morna, suave e preguiçosa.
O canto dos pássaros é lindo, assim como a beleza daquele lugar.
Quando ela deita na relva é praticamente coberta por todas as flores que existem ali.
O aroma da liberdade é tão bom...
Ela sente que se ela quiser voar ,ela pode, ela pode tudo o que quiser.
Havia algo para se lembrar. Mais o que?
Ela força sua memória tentando se lembrar... até que ela descobre que não quer se lembrar,mais aí já é tarde demais.
Ela se lembra de tudo, e seu mundo começa a desabar.
Todas as paredes feitas com tanto cuidado e que pareciam tão sólidas agora parecem feitas de manteiga,que derrete e escorre a seus pés,deixando o rastro e o cheiro da desilusão.
O seu mundo tão perfeito rachando,e caindo aos pedaços, quase em cima da sua cabeça, deixando um horrível contraste entre o mundo real e sua mente.
Ela se protegeu tanto...
Pra nada. Nada alem de mentiras que ela usou pra se proteger e que agora irão pegá-la.
Todas elas, uma por uma,irão envolvê-la e ela vai preferir a morte a realidade.
Ela quer voltar pra sua mente,e tenta sem sucesso reconstruir a parede, até que uma sombra se aproxima, e ela sabe que é o fim.
De tudo, pra todos.

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